
A angústia a ansiedade começaram a tomar conta de mim agora da parte da tarde, amanhã, há hora de almoço, lá vou até ao tribunal...rezo e peço a Deus, que me volte a por a mão por baixo e agradeço o aconchego que me tem dado sempre que preciso...desde ontem que sinto o desejo do Natal, de fazer a árvora de Natal, tenho 34 anos, e o ano passado foi o primeiro Natal em que as decorações não sairam da arrecadação e a árvore não se fez. Não havia espirito, nem vontade, o ambiente estava de cortar à faca, costumo fazer no feriado de dia 8 de Dezembro, mas recordo-me que foi um dia daqueles, sozinha com o menino, levei-o pro trabalho, o outro já andava a dormir fora á umas semanas, era um medo, uma incertesa, nunca sabiamos se ia estar ou chegar a casa ou não e com que atitude.
Sei que passamos Novembro e Dezembro, fugidos, passava com o carro lá em baixo e só vinha para casa se não houvesse luzes acesas, se havia esperava que ele saisse, foi duro, ele usava a casa , e saia, ou só voltava no dia seguinte para o mesmo, ou voltava de madrugada, ou voltava dias e dias depois, era uma angústia, uma insegurança...não tive forças dentro de mim, para erguer a árvore de Natal, mas até hoje penso, se o meu filho se vai recordar de não ter árvore de Natal aos 5 anos da vidinha dele...sinceramente espero que não...
Confio em Deus e no meu advogado, na justiça e na razão, para amanhã e para terça-feira, espero que este Natal eu possa estar em Paz de espirito, e possa viver uma época que eu gosto tanto ao lado do meu filho, com luzes a brilhar, árvore de Natal, boneco de neve na porta e sem angústia, incertesa, humilhação e tristeza do ano passado. Não esqueço a noite de consoada, passada pela primeira vez em casa do meu irmão, triste e incerta, não me deixaram vir para casa, estava um nevoeiro cerrado, eu estava muito nervosa, o bixo tinha saido de casa há 3 dias e não tinha voltado, mas e se voltava justo nessa noite, e com que atitude poderia voltar, fiquei em casa dos meus pais, tenho que dizer que foi horrivel, o menino chorou, não queria dormir, queria a casinha dele, não quiz que dormissemos em camas separadas, só sossegou madrugada fora, nos meus braços e a apertar com muita força, quando ele sossegou foi a minha vez de chorar, chorar...Natal triste...mas sobrevivente...
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